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Propaganda eleitoral em carros pode inviabilizar cobertura de seguro automotivo

Especialista alerta sobre os riscos e a importância de se consultar com a seguradora antes de usar veículos em campanhas eleitorais

Propaganda eleitoral em carros pode inviabilizar cobertura de seguro automotivo

Especialista alerta sobre os riscos e a importância de se consultar com a seguradora antes de usar veículos em campanhas eleitorais

agrônomos candidatos - eleições 2022

Com a aproximação do segundo turno das eleições municipais, que acontece no próximo domingo (27), os candidatos intensificam suas campanhas nas ruas, e o uso de veículos para propaganda eleitoral torna-se uma prática comum. No entanto, proprietários de automóveis que utilizam seus carros com essa finalidade precisam estar atentos a um fator importante: o impacto dessa ação na cobertura do seguro automotivo.

De acordo com André Costa, CEO da Touareg Seguros, usar o veículo para propaganda eleitoral pode alterar as condições da apólice. “Quando um carro é utilizado para fins publicitários, como nas campanhas políticas, ele pode ser classificado como um veículo comercial, o que geralmente não está coberto pelos seguros de uso pessoal”, explica Costa.

Essa situação pode inviabilizar a indenização em caso de sinistro, como furtos, acidentes ou vandalismo, já que muitas apólices não preveem cobertura para veículos utilizados para propaganda. “Cada seguradora possui critérios próprios para análise de risco. Portanto, é fundamental que o segurado consulte seu corretor de seguros antes de adesivar ou realizar modificações no veículo”, alerta Costa.

Além das questões contratuais, a legislação eleitoral impõe normas específicas para veículos de propaganda, como a limitação de poluição visual e sonora. O descumprimento dessas regras pode não só resultar em multas, como também levar ao cancelamento da cobertura pela seguradora, que pode considerar o veículo fora das conformidades.

Para evitar surpresas desagradáveis, Costa recomenda que o proprietário verifique com antecedência as políticas de sua seguradora e, se necessário, faça ajustes na apólice. “Algumas empresas oferecem coberturas adicionais que podem evitar prejuízos muito maiores em caso de sinistro”, destaca o executivo, citando o exemplo de um segurado que, por não pagar uma taxa extra de R$ 80,00, acabou perdendo uma indenização de R$ 350 mil após um acidente.

Com o segundo turno das eleições se aproximando, é essencial que quem pretenda utilizar veículos em campanhas eleitorais tome todas as precauções necessárias para garantir que o seguro automotivo cubra qualquer eventualidade.

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