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‘Arbitrária, protecionista e equivocada’: federação das associações rurais do Mercosul condena postura do Carrefour

Entidades do setor agropecuário rejeitam suspensão, destacam rigor socioambiental da produção do bloco e pedem revisão da medida

‘Arbitrária, protecionista e equivocada’: federação das associações rurais do Mercosul condena postura do Carrefour

Entidades do setor agropecuário rejeitam suspensão, destacam rigor socioambiental da produção do bloco e pedem revisão da medida

gado no pasto

A Federação das Associações Rurais do Mercosul (Farm) divulgou nesta quinta-feira (21) uma nota de repúdio à decisão do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, de suspender a compra de carne oriunda dos países do bloco econômico sul-americano. A manifestação foi assinada por Gedeão Pereira, presidente da Farm e vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

A nota, que representa entidades de Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Uruguai e Paraguai, critica a decisão como “arbitrária, protecionista e equivocada”. Segundo a Farm, a medida ignora os rigorosos padrões de sustentabilidade e conformidade que caracterizam a produção agropecuária dos países do bloco.

De acordo com a nota, o Mercosul é referência mundial em práticas socioambientais no setor agropecuário, com carne produzida sob rígidas normas internacionais. Em 2023, os países do Mercosul produziram 38 milhões de toneladas de carne, exportando 11 milhões para mais de 160 países.

“Embora decisões comerciais sejam competência interna das empresas, a postura pública do CEO do Carrefour, ao transformar uma política de compras em palco para questionamentos infundados, ultrapassa os limites aceitáveis”, afirma o documento. A FARM avalia a decisão como um ataque direto à credibilidade do setor agropecuário do Mercosul e à sua contribuição para a segurança alimentar global.

Os produtores rurais do Mercosul reforçaram seu compromisso com a sustentabilidade e declararam que “não aceitarão ataques injustificados”. A entidade não descarta tomar medidas econômicas ou institucionais para proteger a imagem e os interesses do setor agropecuário da região.

Por fim, a Farm apela para que o Carrefour reveja sua posição e adote uma postura alinhada com princípios de diálogo e respeito nas relações comerciais globais.

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