Soja: Chicago opera com leve perda, pressionada por dólar e melhores lavouras no Brasil
Mercado tenta prolongar as perdas pelo quarto pregão consecutivo
Os contratos da soja em grão registram preços levemente mais baixos nas negociações da sessão eletrônica na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). O mercado tenta prolongar as perdas pelo quarto pregão consecutivo, pressionado pelas melhores condições das lavouras no Brasil e pela forte valorização do dólar em relação a outras moedas, o que reduz a competitividade da oleaginosa dos Estados Unidos.
Por outro lado, um movimento de recuperação técnica diante das perdas recentes limita uma queda mais acentuada das cotações. Até o momento, a posição janeiro/25 registra uma retração semanal de 2,2%.
Os contratos com vencimento em janeiro de 2025 operam cotados a US$ 9,77 1/2 por bushel, baixa de 0,25 centavo de dólar, ou 0,02%, em relação ao fechamento anterior. Ontem (21), a soja fechou no território negativo.
Apesar dos sinais positivos de demanda pelo produto americano, o bom desenvolvimento das lavouras no Brasil e os recentes acordos comerciais fechados entre chineses e brasileiros colocaram pressão sobre as cotações.
O sentimento em Chicago é que o novo governo Trump tende a prejudicar as vendas de soja dos Estados Unidos à China. E os sinais de aproximação dos asiáticos com o Brasil acirraram essa desconfiança.
O mercado também teme pela demanda interna pela soja. As primeiras sinalizações são de que Trump não vai investir ou incentivar a produção de biocombustíveis, outro fator de pressão.
Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com baixa de 12,75 centavos de dólar, ou 1,28%, a US$ 9,77 3/4 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 9,85 1/4 por bushel, com perda de 14 centavos, ou 1,40%.