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Indústria pressiona, pecuarista cede e preços do boi gordo caem; e agora, o que esperar?

Escalas de abate mais confortáveis e aumento da capacidade ociosa dos frigoríficos têm ditado o tom do mercado nos últimos dias

Indústria pressiona, pecuarista cede e preços do boi gordo caem; e agora, o que esperar?

Escalas de abate mais confortáveis e aumento da capacidade ociosa dos frigoríficos têm ditado o tom do mercado nos últimos dias

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O mercado físico do boi gordo se deparou com nova queda generalizada nos preços nesta quarta-feira (4).

Segundo informações da consultoria Safras & Mercado, os frigoríficos estão testando patamares de preços cada vez mais baixos e o pecuarista, por sua vez, está entregando.

“A recente estratégia adotada pelas indústrias tem surtido o efeito esperado, com boa quantidade de animais comercializados no decorrer da semana”, disse o analista Fernando Henrique Iglesias.

Segundo ele, ao menos no curto prazo, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade do movimento de queda, considerando o posicionamento mais confortável das escalas de abate e o aumento da capacidade ociosa das indústrias, em especial daquelas que atuam no mercado doméstico.

Preços médios da arroba do boi

  • São Paulo: foi evidenciada forte queda dos preços, com negócios reportados entre R$ 330/340 a arroba em boa parte do estado
  • Minas Gerais: também foi vista queda acentuada, com negociações ao nível de R$ 320 a prazo no estado
  • Goiás: mais um dia de negócios abaixo da referência média. As indústrias que atuam no estado posicionaram seus preços entre R$ 315 a R$ 320 a arroba
  • Mato Grosso do Sul: queda generalizada dos preços. Em Campo Grande, indicação de negócios em até R$ 325
  • Mato Grosso: redução das cotações. Em Rondonópolis, indicação de negócios a R$ 310 a arroba

Mercado atacadista

carne

O mercado atacadista apresenta alguma alta em seus preços no decorrer da semana, mas o movimento aparenta perder intensidade, considerando a dificuldade de repassar novos reajustes ao consumidor final.

“Mesmo em um período de grande circulação monetária, a população tem priorizado o consumo de proteínas de menor valor agregado, em especial da carne de frango”, assinalou Iglesias.

O quarto dianteiro permanece precificado a R$ 20,50 por quilo. O quarto traseiro foi precificado a R$ 27 por quilo, alta de R$ 0,50. A ponta de agulha permanece no patamar de R$ 19,50, por quilo.

Câmbio

O dólar comercial encerrou em queda de 0,27%, sendo negociado a R$ 6,0440 para venda e a R$ 6,0420 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 6,0199 e a máxima de R$ 6,0729.

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