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Plataforma digital amplia mercado dos cafés e facilita rastreabilidade na Mantiqueira (MG)

Com mais de um milhão de selos emitidos, ferramenta digital garante controle de origem e reforça o valor dos grãos

Plataforma digital amplia mercado dos cafés e facilita rastreabilidade na Mantiqueira (MG)

Com mais de um milhão de selos emitidos, ferramenta digital garante controle de origem e reforça o valor dos grãos

Cafezal

Os cafés especiais da Mantiqueira de Minas atingiram um marco histórico: 1 milhão de selos de origem emitidos. O número representa um avanço significativo para a cafeicultura regional, impulsionado pelo uso da Plataforma de Digitalização das IGs de Café.

A tecnologia permite rastrear o produto desde a lavoura até a xícara, fortalecendo a confiança do mercado.

Desenvolvida  em conjunto pelo Sebrae, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Instituto CNA, a plataforma reúne dados essenciais sobre procedência, aroma, terroir e práticas sustentáveis dos produtores.

A iniciativa contribui diretamente para agregar valor ao produto e melhorar a renda do cafeicultor.

A região da Mantiqueira de Minas, reconhecida como Denominação de Origem (DO) pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), reúne 25 municípios no Sul de Minas Gerais.

Cerca de 8 mil produtores fazem parte do território, sendo a maioria formada por pequenos agricultores com tradição secular na cafeicultura.

“Esse resultado reforça ainda mais o papel que a IG tem como instrumento muito poderoso para gerar diferenciação, reconhecimento e valor no mercado”, apontou a coordenadora de Tecnologias Portadoras de Futuro do Sebrae, Hulda Giesbrecht.

“A ferramenta, ao mesmo tempo que aumenta a segurança do consumidor, do comprador, valoriza o trabalho realizado pelos produtores. É um grande instrumento de convergência”, completa Giesbrecht.

Tecnologia e tradição caminham juntas na produção

A Associação dos Produtores de Café da Mantiqueira (Aprocam), responsável pela gestão da DO, tem sido peça-chave no sucesso da rastreabilidade.

Segundo a gestora Lilia Junqueira, que atua na Aprocam desde a sua fundação, explica que: “os cafés em grãos torrados são comprovadamente originados de cafés verdes com a Indicação Geográfica, disponibilizados com a tecnologia em QR Code para os torrefadores, que poderão rastrear seus lotes de café adquiridos na região, aproximando o produtor do consumidor, unindo as pontas da cadeia e reforçando a transparência e rastreabilidade no processo produtivo.”

Essa transparência na cadeia produtiva tem gerado impacto direto nas vendas e no reconhecimento do produto.

A aproximação entre quem planta e quem consome permite contar a história por trás de cada embalagem, valorizando o trabalho de quem está no campo.

A tecnologia, portanto, não só facilita o controle como também fortalece a identidade regional. Para o produtor Alessandro Hervaz, presidente da Aprocam e dono da marca Honey & Coffee, a marca de 1 milhão de selos é fruto de quase três décadas de trabalho.

“Esse marco é muito importante porque ele vem premiar mais de 27 anos da nossa Aprocam, que é a associação que rege a Denominação de Origem da Mantiqueira de Minas. Demonstra muito suor, muito trabalho e muitas conquistas e sempre levando a história do produtor e da região”, afirma com orgulho Hervaz.

Pequenos produtores ampliam acesso ao mercado externo

Graças à plataforma, os cafés da Mantiqueira já foram exportados para mais de 32 países. Isso representa novas oportunidades de renda para pequenos produtores, que antes tinham mais dificuldade de acessar mercados mais exigentes e competitivos.

A plataforma também disponibiliza dados sobre o perfil sensorial, práticas ambientais e sociais da produção, agregando ainda mais valor à marca regional. Com isso, o café da Mantiqueira se posiciona entre os mais valorizados do país.

A iniciativa não se limita à Mantiqueira. Atualmente, 16 associações em cinco estados utilizam a plataforma, envolvendo quase 100 mil produtores em 411 municípios.

A maioria dos beneficiados são pequenos agricultores que ganham mais competitividade com o selo de origem.

Esse modelo fortalece o papel das Indicações Geográficas como instrumento de valorização da agricultura familiar. Ao garantir identidade e procedência, o selo se torna um diferencial de mercado que beneficia tanto quem produz quanto quem consome.

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