Não é à toa que o mercado internacional se interessa tanto por esse grão. Ele pode se tornar mais importante, em termos alimentares, do que a soja, aposta a pesquisadora da Embrapa/Cenargen Soraya Bertioli, uma das coordenadoras da conferência.
De acordo com Howard Valentine, diretor executivo do American Peanut Council (APC), estudos clínicos conduzidos nos Estados Unidos indicam que indivíduos que consomem uma porção diária de amendoim têm menor probabilidade de desenvolver condições como diabetes.
Valentine expressa a crença de que será crucial dobrar a produção global de amendoim nos próximos 25 anos.
O amendoim é uma das leguminosas de grãos mais cultivadas globalmente, reconhecida por seu alto teor de proteínas e óleos insaturados. É um alimento fundamental na dieta de muitas comunidades na América Latina, África e Ásia. Descobertas arqueológicas datadas de mais de 3,7 mil anos evidenciam o consumo de amendoim pelos povos pré-colombianos. Suas sementes, que são produzidas abaixo da superfície do solo, são ricas em óleos e proteínas, tornando o amendoim altamente nutritivo e de fácil digestão. Assim, desempenhou um papel significativo na nutrição das populações pré-históricas.
O amendoim é amplamente utilizado na culinária devido à sua versatilidade. Além das formas tradicionais de consumo, como petisco ou em doces como pé de moleque e paçoca, ele também é transformado em uma variedade de produtos populares, como farinha, óleo e pasta. Essa diversidade de alimentos derivados do amendoim oferece opções para todos os gostos e preferências alimentares.