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Cadeia produtiva do PR busca soluções inteligentes na relação agro-natureza

A antecipação a eventos climáticos e a segurança alimentar foram dois focos importantes durante o dia de discussões em Londrina

Cadeia produtiva do PR busca soluções inteligentes na relação agro-natureza

A antecipação a eventos climáticos e a segurança alimentar foram dois focos importantes durante o dia de discussões em Londrina

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O foco em soluções inteligentes e a antecipação a crises climáticas, foram destaques no 5º Fórum do Agronegócio realizado nesta segunda-feira, 16, em Londrina, Paraná. Representantes da cadeia produtiva do agronegócio paranaense participaram de um dia de discussões importantes para o setor, promovido pela Sociedade Rural do Paraná (SRP).  

“Resiliência: conexão agronegócio e natureza” foi o tema central do dia, fatores fundamentais para quem trabalha no agro. “Nós somos uma indústria a céu aberto. Temos que nos precaver e nos adiantar a essas intempéries como seca, chuva excessiva, degradação natural, que hoje são constantes na vida da pecuária e da agricultura”, disse Marcelo Janene El Kadre, presidente da SRP.  

A programação teve quatro painéis e uma palestra. Entre os assuntos: segurança alimentar e a necessidade de fortalecer o setor de forma sustentável, sendo uma delas o investimento em programas de baixo carbono. Eduardo Brito Bastos, presidente da Câmara do Agrocarbono do Ministério da Agricultura (MAPA), ressaltou a importância de aliarmos a redução de emissão de carbono com a captura (sequestro) de carbono. Ele citou um exemplo de técnica que gera solução, unindo a preservação do solo à agricultura, que é o plantio direto: “Um solo com mais matéria orgânica, como no plantio direto, captura e retém mais água. Então é menos contaminação para o lençol freático, mais resistência à seca e, com excesso de chuva, não vai lavar o solo, pois tem a palha protegendo”.

O fórum abordou também os desafios de eventos climáticos como temperaturas extremas, secas prolongadas e os recentes incêndios ambientais em várias regiões do país. O setor agro se preocupa em incorporar práticas que possam prevenir e reduzir os impactos destes eventos, sendo para isso a tecnologia e a pesquisa indispensáveis.

A diretora de negócios da Embrapa, Ana Euler, lembrou que a temática já vem sendo trabalhada há pelo menos uma década na Embrapa, que já colhe resultados: “graças a estas pesquisas, já podemos e apresentar sistemas integrados de produção como integração lavoura-pecuária-floresta, sistemas de plantio direto e tantas outras tecnologias que ajudam a colocar o Brasil na vanguarda de uma agricultura de baixo carbono”.

5º Fórum do Agronegócio, em Londrina, Norte do Paraná.

Ferramenta indispensável também é a meteorologia. Sobre isso, Caio Souza, head de Agronegócios do Climatempo, explica que é fundamental fazer previsões e aplicá-las em problemas reais da agricultura, “deste modo teremos um cultivo mais inteligente, com utilização acertada de recursos, e principalmente plantios e ações em datas corretas. Assim, reduzimos recursos e temos uma safra mais eficiente como um todo”.

O governador do estado, também presente no Fórum, salientou a força-tarefa que o estado tem realizado para conter ocorrências de incêndios e crimes ambientais: “Não é de hoje que o Paraná se preocupa com esse tipo de situação, já que reduzimos em mais de 70% o desmatamento da Mata Atlântica e aumentamos em 13% as aplicações de multas por crimes ambientais. Este é um trabalho que foi reforçado agora neste momento mais crítico”, afirmou o governador.

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