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A queda de braço entre pecuaristas e indústria continua

Na última semana, o mercado físico foi marcado pela pressão baixista exercida pelos frigoríficos, resultando em quedas nas cotações em alguns estados do país. Em Goiás, por exemplo, houve um recuo diário de 1,1%, levando a arroba do boi gordo a encerrar a sexta-feira cotada a R$ 222,80. 

Enquanto isso, na Bolsa de Valores (B3), os contratos seguiram na direção oposta ao mercado físico, registrando ajustes positivos em comparação ao dia anterior. O vencimento para fevereiro de 2024 foi precificado a R$ 239,90/@, com uma variação de 0,13%.

Apesar da resistência da indústria em oferecer valores mais altos pela arroba, já se observam indícios de uma melhoria no escoamento da produção, o que pode resultar em uma maior demanda e, consequentemente, em uma oferta mais favorável pelo bovino pronto para o abate. Em relação às programações de abate dos frigoríficos, houve um recuo de 1 dia útil na média nacional em comparação com a semana anterior, com as escalas de abate estabelecidas em 8 dias úteis.

Durante a semana, o mercado do boi gordo manteve os preços estáveis. De acordo com Fernando Henrique Iglesias, analista da Safras & Mercado, observa-se um cenário de redução nas escalas de abate em diversas regiões do país, o que pode estimular uma maior demanda após o feriado de Carnaval. Iglesias aponta que os preços da carne já mostraram sinais de recuperação ao longo desta semana, com perspectivas de continuidade desse movimento no curto prazo. Ele destaca ainda que os pecuaristas ainda têm capacidade para reter o gado neste momento, o que tem impacto no ritmo das negociações.

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