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Avanço na semeadura de soja na América do Sul e Chicago em baixa: como ficou o mercado do grão?

No mercado da soja, pressão da oferta e perspectivas de menor demanda impactam os preços na Bolsa de Chicago. Confira a análise completa

Avanço na semeadura de soja na América do Sul e Chicago em baixa: como ficou o mercado do grão?

No mercado da soja, pressão da oferta e perspectivas de menor demanda impactam os preços na Bolsa de Chicago. Confira a análise completa

Imagem de Александр Пономарев por Pixabay

A soja na América do Sul segue seu avanço com bom desempenho nas lavouras, especialmente no Brasil e na Argentina. Com o plantio praticamente finalizado no Brasil e 80% da área cultivada na Argentina, as perspectivas para uma safra cheia nos dois países são cada vez mais concretas. O avanço nas lavouras sul-americanas tem dominado as tendências de preços na Bolsa de Chicago, onde os contratos de soja caíram aos menores níveis em quatro anos.

A pressão da oferta, com o ritmo acelerado do plantio, somada à diminuição da demanda chinesa, tem gerado um cenário desafiador para os preços no mercado internacional. Fatores como a desaceleração econômica na China, que reduz a necessidade de importações, e o deslocamento da demanda para a soja sul-americana, têm impactado a formação dos preços.

Além disso, a decisão do governo dos Estados Unidos de não oferecer incentivos à produção de biodiesel e uma maior aversão ao risco nos mercados financeiros, especialmente após o Federal Reserve sinalizar cortes mais lentos na taxa de juros para 2025, contribuíram para a pressão baixista sobre os preços.

Lavouras de soja no Brasil

O Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (SEAB), projetou que a produção de soja no estado para a safra 2024/25 deve alcançar 22,18 milhões de toneladas, um aumento de 20% em relação à safra anterior. A área plantada deverá ficar em 5,774 milhões de hectares, com um aumento modesto em relação aos 5,784 milhões do ciclo 2023/24. A produtividade média está estimada em 3.841 quilos por hectare, um avanço em relação aos 3.200 quilos registrados no ano passado.

No Mato Grosso, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) prevê que a área de soja para a safra 2024/25 será de 12,66 milhões de hectares, o que representa um aumento de 1,47% em comparação com o ciclo anterior. A produtividade no estado deve alcançar 57,97 sacas por hectare, com uma alta de 11,15%. A produção total prevista é de 44,04 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 12,78% em relação à safra passada.

No Rio Grande do Sul, o plantio alcançou 94% da área prevista até o momento, superando a média dos últimos cinco anos, que é de 90%. As condições das lavouras são satisfatórias, com boa germinação e desenvolvimento vegetativo, especialmente em áreas plantadas mais cedo. A previsão de área cultivada no estado é de 6,81 milhões de hectares, com produtividade média estimada em 3.179 kg/ha.

Avanço na Argentina

Na Argentina, o Ministério da Agricultura estimou que a área plantada com soja na safra 2024/25 será de 18 milhões de hectares, um aumento de 0,6% em relação à estimativa anterior. A produção na temporada passada foi de 48,2 milhões de toneladas. O plantio de soja na Argentina atingiu 77% da área prevista, um avanço significativo em relação aos 54% da semana anterior e aos 71% registrados no mesmo período do ano passado. A estimativa de área plantada na Argentina é 8,4% superior à safra anterior.

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