Boi gordo: dificuldade na aquisição de animais pelos frigoríficos mexe com o mercado
Menor espaço para reajustes no decorrer da segunda quinzena tende a fazer a carne bovina perder competitividade
O mercado físico brasileiro do boi gordo voltou a registrar alta em seus preços durante a sexta-feira (20).
Segundo o consultor de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o cenário traçado apresentou poucas mudanças, com grande dificuldade para as indústrias avançarem em suas escalas de abate.
Já passaram a ser relatados pelos frigoríficos um aumento da capacidade ociosa diante da maior dificuldade na aquisição de boiadas.
“Os fatores de demanda ainda respaldam a continuidade do movimento de alta no curto prazo, considerando as exportações, que seguem muito agressivas, da mesma maneira que a demanda interna também conta com bons elementos de consumo, a exemplo da atual taxa de ocupação da economia brasileira”, comenta.
Preços da arroba do boi
- São Paulo: R$ 265,08
- Goiás: R$ 257,14
- Minas Gerais: R$ 255,29
- Mato Grosso do Sul: R$ 267,95
- Mato Grosso: R$ 232,70
Mercado atacadista
O mercado atacadista se deparou com preços acomodados ao longo da sexta-feira. Iglesias indica que a perspectiva ainda é de menor espaço para reajustes no decorrer da segunda quinzena do mês, período pautado por menor apelo ao consumo.
A carne bovina tende a perder competitividade na comparação com as proteínas concorrentes, em especial se comparado a carne de frango.
Quarto traseiro permanece no patamar de R$ 19,50, por quilo. Ponta de agulha ainda é cotada a R$ 15,00, por quilo. Quarto dianteiro segue precificado a R$ 15,15.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 1,78%, sendo negociado a R$ 5,5198 para venda e a R$ 5,5178 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,4193 e a máxima de R$ 5,5239. Na semana, a moeda teve desvalorização de 0,83%.