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Brasil mira exportação de frutas, couro e máquinas agrícolas para Sudeste Asiático

Em uma série de reuniões realizadas pela Apex Brasil, país discute nesta semana as oportunidades e entraves de comercialização com o bloco

Brasil mira exportação de frutas, couro e máquinas agrícolas para Sudeste Asiático

Em uma série de reuniões realizadas pela Apex Brasil, país discute nesta semana as oportunidades e entraves de comercialização com o bloco

Mapa mundo, Sudeste Asiático, Brasil

Com um produto interno bruto de US$ 3,8 trilhões, a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) cresce, há décadas, como nenhuma outra região do mundo. O grupo compra mais produtos do Brasil do que o próprio Mercosul.

E é lá que estão concentrados, esta semana, representantes do governo brasileiro e adidos agrícolas, em uma série de reuniões realizadas pela Apex Brasil.

A região conta com 682 milhões de habitantes, o que já correspondem à metade da população da China. Por isso, desperta a atenção de diferentes países produtores, como o Brasil, que está de olho nesse bloco.

A Asean se transformou no terceiro principal destino das exportações brasileiras, sendo, por sua vez, o sexto maior fornecedor. No último ano, os embarques para o sudeste asiático ultrapassaram a marca dos 24 bilhões de dólares. Esse ano, as vendas entre os meses de janeiro a setembro aumentaram em 8,8% em relação ao mesmo período do ano passado.

Exportações ao Sudeste Asiático

O gerente de Inteligência de Mercado da Apex Brasil Igor Celeste detalha os campos de expansão da parceria do país com o bloco. “Tem oportunidades para ingredientes alimentícios, por exemplo, também para frutas brasileiras, que são produtos altamente intensivos em mão de obra e que geram muito emprego no Brasil”

De acordo com ele, foram identificados uma série de segmentos nacionais que podem se beneficiar com a intensificação das exportações. “O segmento de saúde, até mesmo para a saúde animal, que também compõe o agro, a alimentação para animais, couro, ou seja, processos manufaturados e que podem se inserir aqui no mercado [asiático]. Temos visto, por exemplo, demanda para máquinas e equipamentos, inclusive no segmento agrícola, então a gente sabe que as potencialidades vão muito além do que a gente vende hoje”.

Conquistas e barreiras

Outro trabalho dos adidos agrícolas e dos 128 escritórios dos setores de promoção comercial espalhados pelo mundo é o de mapear e contornar possíveis barreiras comerciais aos produtos brasileiros. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), as conquistas importantes mais recentes na região envolvem:

  • Estabelecimento do sistema de pre-listing nas Filipinas e Cingapura (quando o importador aceita as definições de habilitações do país exportador)
  • Abertura de mercado carne de aves e seus produtos para o Butão
  • Abertura de Dry Distillers Grains (DDG) de milho para o Vietnã
  • Abertura de mercado de bovinos vivos para a Indonésia
  • Abertura de gelatina bovina para a Malásia

Por outro lado, existem barreiras importantes a serem contornadas na região:

  • Gado vivo e gelatina bovina para a Malásia
  • Carne bovina para o Vietnã
  • Carne suína para a Indonésia
  • Bovinos vivos para o Camboja
  • Amendoim para as Filipinas

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