
A produção de cana-de-açúcar no Brasil alcançou um recorde histórico de 713,2 milhões de toneladas na safra 2023/24, conforme anunciado pela Conab. Este crescimento significativo reflete os esforços contínuos e as condições climáticas favoráveis, particularmente no Centro-Sul do país, que é a principal região produtora. A expansão da produção tem grandes implicações tanto para o mercado interno quanto para as exportações de açúcar e etanol.
A safra 2023/24 de cana-de-açúcar no Brasil marcou um ponto histórico com a produção atingindo 713,2 milhões de toneladas, o maior volume já registrado, segundo o 4º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Este aumento de 5,3% em relação às previsões anteriores e um salto de 16,8% em comparação com a safra anterior destacam um ano excepcional para a agricultura brasileira.
Os resultados positivos são atribuídos a uma combinação de condições climáticas favoráveis e investimentos contínuos no setor. Notavelmente, a região Centro-Sul, que tradicionalmente lidera a produção de cana no Brasil, viu um aumento de 21% na produção, chegando a 469 milhões de toneladas.
A área colhida na temporada também viu um leve crescimento de 0,5%, alcançando 8,33 milhões de hectares, enquanto o rendimento médio por hectare aumentou significativamente em 16,2%, de 73,65 mil quilos para 85,58 mil quilos.
Além disso, a produção recorde também impulsionou a fabricação de subprodutos como açúcar e etanol. A produção de açúcar foi estimada em 45,68 milhões de toneladas, um aumento de 24,1% em relação à safra passada, enquanto a produção total de etanol alcançou 35,61 bilhões de litros, um crescimento de 15%.
No mercado internacional, a produção elevada de açúcar no Brasil foi um diferencial competitivo, especialmente considerando as reduções nos embarques por outros grandes produtores como Índia e Paquistão. As exportações brasileiras de açúcar atingiram novos patamares, com mais de 35 milhões de toneladas vendidas, resultando em um aumento de 26,8% em relação ao ano anterior.
No entanto, o mercado de etanol enfrentou desafios, com as exportações caindo 2,92%, influenciadas pela volatilidade do câmbio e pelos preços do petróleo. Este cenário afetou o preço da gasolina e, por consequência, do etanol.
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