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Com previsão de mais chuvas, cidades do vale do Caí (RS) enfrentam pior enchente da história

Com mais chuvas previstas, o vale do Caí no Rio Grande do Sul enfrenta a pior enchente de sua história. O nível do rio Caí bateu recordes, desalojando moradores e causando destruição significativa.

A cidade de São Sebastião do Caí, na região metropolitana de Porto Alegre, vivencia a pior enchente já registrada, com o nível do rio Caí atingindo marcas históricas. A situação é agravada pela previsão de continuidade das chuvas. 

Na madrugada desta quarta-feira (1º de abril), coincidindo com o aniversário de 147 anos de fundação de São Sebastião do Caí, os moradores enfrentaram uma situação desoladora: o rio Caí alcançou 16,67 metros, o nível mais alto já registrado, ultrapassando a marca anterior de novembro de 2023

Impacto Extensivo e Resposta dos Moradores

A cidade, assim como outros municípios dos vales do Jacuí, Taquari e Rio Pardo, figura entre as mais afetadas pelas intensas chuvas que acometeram o estado desde segunda-feira (29). Até o momento, o estado contabiliza 10 mortos e 21 desaparecidos devido aos eventos climáticos. As águas inundaram grande parte dos bairros de São Sebastião do Caí, desalojando dezenas de moradores e forçando-os a buscar refúgio em pontos elevados, como a Avenida Dr. Bruno Cassel.

Muitos residentes estão sem comunicação devido à falta de energia elétrica, o que também comprometeu o funcionamento do sistema de bombeamento de água. A previsão meteorológica não é animadora, indicando mais precipitações até sexta-feira (3), o que poderia elevar ainda mais o nível do rio.

Relatos e Preocupações dos Moradores Atingidos

Zoraia Câmara, corretora de imóveis local, compartilhou a devastação pessoal enfrentada. Após tentar salvar seus pertences, encontrou-se desalojada, e agora sua preocupação é com o resgate de seu filho, que se refugiou no telhado de sua casa junto à sua família. “Ele fez a casa muito alta, chamávamos de Arca de Noé”, relata Zoraia, descrevendo a urgência da situação.

Diante do cenário de enchentes recorrentes, ela expressa a necessidade de uma reavaliação da infraestrutura urbana e das políticas de habitação para enfrentar futuras catástrofes. “Os políticos têm que agir em relação a isso, ou então esta cidade vai morrer de vez”, lamenta Zoraia, anunciando sua intenção de mudar-se devido ao medo contínuo de enchentes.

Outras Cidades Também Afetadas

Harmonia, município vizinho, também foi afetado severamente. Dirce Keller, uma professora aposentada, decidiu abandonar sua residência após previsões de uma enchente ainda mais severa. Ela e sua família adotaram medidas de precaução para proteger seus bens, mas a rapidez com que as águas subiram impediu qualquer retorno à cidade. Dirce relata a exaustão e o trauma de reorganizar a vida após as enchentes: “Foram mais de 40 dias lavando, limpando e organizando tudo, sem contar nos prejuízos materiais.”

Conclusão

Esta enchente recorde é apenas a mais recente de várias que têm atormentado os moradores do Vale do Caí, marcando a quarta ocorrência significativa em menos de um ano. A comunidade, já fatigada pelos desastres anteriores, enfrenta agora não apenas a recuperação imediata, mas também o desafio de reimaginar como viver e construir em uma região cada vez mais suscetível a enchentes devastadoras.

 

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