Pesquisar
Close this search box.

Como reconhecer “café fake” e evitar golpes na hora da compra?

A alta no preço do café tem impulsionado a venda de produtos que imitam a bebida, mas que, na realidade, contêm impurezas disfarçadas em torras escuras.

Como reconhecer "café fake" e evitar golpes na hora da compra?

A alta no preço do café tem impulsionado a venda de produtos que imitam a bebida, mas que, na realidade, contêm impurezas disfarçadas em torras escuras. 
Chamado de “café fake”, esse produto já foi encontrado em prateleiras de São Paulo e da região Sul do Brasil, sendo comercializado sem o devido registro.
O coordenador técnico de Cafeicultura da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater), Bernardino Cangussú Guimarães, explica que a primeira medida para evitar a fraude é verificar as informações na embalagem.
“Se no rótulo houver qualquer ingrediente além de café, há algum tipo de mistura que não é benéfica”, alerta.

Como identificar um café de qualidade?

Além de conferir o rótulo, alguns cuidados podem ajudar na escolha de um café puro e evitar prejuízos na compra.
 
– Fique atento ao preço: O valor médio de um pacote de 500 gramas de café puro gira em torno de R$ 30, enquanto o “café fake” é vendido por menos da metade desse valor. Se o preço parecer muito baixo, desconfie.
 
– Prefira café em grãos: O café moído na hora preserva o sabor e evita impurezas. “Um moedor caseiro pode transformar a qualidade da bebida”, aconselha Bernardino.
 
– Evite torras muito escuras: Torras excessivamente escuras podem estar queimadas, o que não apenas altera o sabor, tornando-o amargo, mas também pode mascarar a presença de impurezas.
 
– Use a medida correta: O excesso de pó pode esconder impurezas e tornar a bebida amarga. O ideal é usar cerca de sete gramas (uma colher de sopa rasa) para cada 100 ml de água.
 
– Prepare apenas o necessário: Café armazenado por muitas horas pode fermentar e perder qualidade. O ideal é adoçar a bebida apenas na xícara para evitar desperdícios.
 
– Escolha produtos com certificação: Cafés com selos de qualidade, como o da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), são garantia de um produto fiscalizado.
 
A Abic alerta para os riscos do “café fake”, que tem sido comercializado de forma irregular e pode conter resíduos agrícolas como cascas, folhas, paus e até pedras.
 
A prática já foi denunciada às autoridades, incluindo o Ministério da Agricultura e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
 
Recentemente, um lote desse produto foi identificado em Bauru, no interior de São Paulo. Em alguns, lugares o café fake chegou a ser encontrado ao preço de R$ 13,99.
 
A Abic reforça que a legislação sanitária proíbe a comercialização de misturas com impurezas e prevê penalidades como multas e apreensão para quem vende esses produtos clandestinos.

Além de enganar os consumidores com embalagens que imitam marcas tradicionais, empresas clandestinas tentam driblar a legislação ao registrar os produtos sob categorias genéricas, como “pó para preparo de bebida tipo café”.

No entanto, esses itens não são reconhecidos como café e sua comercialização é ilegal.

Como evitar a fraude?

Para garantir que você está comprando um café puro e seguro, siga estas dicas.

Segundo a Abic, uma forma de não se deixar enganar e assegurar o consumo seguro do café de verdade é através da aquisição de cafés que tenham o selo de pureza e qualidade da Abic.

Além disso, recomenda que o consumidor esteja atento à origem e qualidade do produto e verifique a procedência do grão. “O QR Code é uma forma de verificar as principais informações pelo celular”, diz.

A Abic segue tomando providências contra a comercialização do “café fake” e orienta consumidores a denunciarem produtos suspeitos aos órgãos de defesa agropecuária e vigilância sanitária.

Preço não vai descer

Segundo a Abic, o preço do grão deve continuar em alta até o início da colheita da safra deste ano, prevista para abril ou maio.

O principal motivo da escalada nos preços são os eventos climáticos extremos, que impactam diretamente a produção. Além disso, o aumento do consumo global e a entrada da China como novo mercado consumidor têm pressionado ainda mais o valor do café.

A Abic estima que a tendência de alta deve persistir pelos próximos dois a três meses. Após esse período, os preços tendem a se estabilizar, mas uma queda expressiva só é esperada a partir da safra do próximo ano.

Veja Mais

Siga-nos nas Redes Sociais

Inscreva-se e receba notícias relevantes para o seu negócio

Também pode te interessar

Assine nossa newsletter semanal

Seja notificado sobre novos artigos
Preencha o formulário abaixo

E em alguns minutos um dos nossos consultores irá entrar em contato com você.

Qual seu investimento disponível?*