Como reconhecer "café fake" e evitar golpes na hora da compra?
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A alta no preço do café tem impulsionado a venda de produtos que imitam a bebida, mas que, na realidade, contêm impurezas disfarçadas em torras escuras.
Chamado de “café fake”, esse produto já foi encontrado em prateleiras de São Paulo e da região Sul do Brasil, sendo comercializado sem o devido registro.
O coordenador técnico de Cafeicultura da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater), Bernardino Cangussú Guimarães, explica que a primeira medida para evitar a fraude é verificar as informações na embalagem.
“Se no rótulo houver qualquer ingrediente além de café, há algum tipo de mistura que não é benéfica”, alerta.
Como identificar um café de qualidade?
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Além de enganar os consumidores com embalagens que imitam marcas tradicionais, empresas clandestinas tentam driblar a legislação ao registrar os produtos sob categorias genéricas, como “pó para preparo de bebida tipo café”.
No entanto, esses itens não são reconhecidos como café e sua comercialização é ilegal.
Como evitar a fraude?
Para garantir que você está comprando um café puro e seguro, siga estas dicas.
Segundo a Abic, uma forma de não se deixar enganar e assegurar o consumo seguro do café de verdade é através da aquisição de cafés que tenham o selo de pureza e qualidade da Abic.
Além disso, recomenda que o consumidor esteja atento à origem e qualidade do produto e verifique a procedência do grão. “O QR Code é uma forma de verificar as principais informações pelo celular”, diz.
A Abic segue tomando providências contra a comercialização do “café fake” e orienta consumidores a denunciarem produtos suspeitos aos órgãos de defesa agropecuária e vigilância sanitária.
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Preço não vai descer
Segundo a Abic, o preço do grão deve continuar em alta até o início da colheita da safra deste ano, prevista para abril ou maio.
O principal motivo da escalada nos preços são os eventos climáticos extremos, que impactam diretamente a produção. Além disso, o aumento do consumo global e a entrada da China como novo mercado consumidor têm pressionado ainda mais o valor do café.
A Abic estima que a tendência de alta deve persistir pelos próximos dois a três meses. Após esse período, os preços tendem a se estabilizar, mas uma queda expressiva só é esperada a partir da safra do próximo ano.