Controle do mofo-branco e aumento da renda: solução biológica traz estabilidade aos produtores de tabaco
Bom desempenho tem sido por fungo que ataca principalmente em áreas de alta umidade, como o litoral de SC e o Vale do Rio Pardo, no RS
A produção de tabaco, concentrada em 98% na região sul do Brasil, é um pilar importante da agricultura familiar, trazendo estabilidade e alta rentabilidade. No entanto, essa estabilidade tem sido ameaçada pelo fungo , conhecido como mofo-branco, que ataca principalmente em áreas de alta umidade, como o litoral de Santa Catarina e o Vale do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul.
Esse fungo pode comprometer até 50% da renda dos produtores de tabaco, levando muitos a reconsiderarem o plantio da cultura. Visando combater esse problema, a Alliance One Brasil (AOB), exportadora de tabaco, desenvolveu um pacote agronômico que combina práticas sustentáveis e biológicas. A solução inclui o manejo adequado do solo, com o uso de braquiária, e a aplicação do fungo Trichoderma, que combate o mofo-branco de maneira eficaz.
A solução que transforma
De acordo com Luiz Franz, Gerente de Produção de Tabaco da AOB, 21% dos produtores da região litorânea de Santa Catarina já adotaram o pacote agronômico completo. Além de controlar a esclerotínia, a solução aumenta a qualidade do solo e incrementa a renda dos agricultores em até 35%.
Maurício Borges de Vargas, produtor em Santa Rosa do Sul, testemunhou essa transformação. Após perder metade de sua lavoura para o mofo-branco em 2022, ele adotou o pacote agronômico oferecido pela AOB e passou a ter uma produção mais saudável e lucrativa, com um aumento significativo de 80% no lucro líquido. “Me sinto orgulhoso em ser do agro. É uma sobrevivência do povo”, afirma Maurício.
Estabilidade e crescimento
Outro produtor da região, Rogério Silva de Matos, de São João do Sul, também viu sua produtividade crescer entre 30% e 40% após adotar o pacote agronômico da AOB. Rogério destaca a importância da fumicultura na economia local e planeja seguir investindo na cultura, esperando produzir entre 14 e 15 arrobas por mil pés de tabaco na próxima safra.
Com essas práticas, os produtores da região sul do Brasil mostram que é possível aliar sustentabilidade, aumento da produtividade e rentabilidade, garantindo o futuro da agricultura familiar e a preservação do meio ambiente.