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Empreendedores do campo aquecem o mercado de trabalho

Setores do agro como Agroindústria e Agrosserviços têm participação recorde e estão entre os que mais empregam

Empreendedores do campo aquecem o mercado de trabalho

Setores do agro como Agroindústria e Agrosserviços têm participação recorde e estão entre os que mais empregam

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Pesquisas divulgadas no segundo semestre de 2024 apontaram a importância do empreendedorismo rural dentro e fora da porteira. O número de pessoas empregadas no segundo trimestre deste ano, nos setores compostos pelo agronegócio, alcançou novamente o recorde de 28,6 milhões no Brasil – o que representa 26,5% das ocupações totais do país. Este foi o maior número registrado desde o início da série histórica em 2012 realizada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), superando, assim, o resultado anterior do primeiro trimestre. 

Segundo os pesquisadores do Cepea/CNA, “Como consequência da expansão dessas atividades agroindustriais, é gerada uma maior movimentação de serviços, e acaba aquecendo o mercado de trabalho desse segmento, o que ajuda a explicar a expansão registrada”. Eles ainda mencionam que, pela complexidade de algumas operações industriais, uma maior quantidade de serviços é utilizada e movimentada. Além disso, os setores de agrosserviço e agroindústria contaram com aumento significativo nos últimos três meses, com adição de 8,3% (815 mil pessoas) para o primeiro e 4% (179 mil pessoas) para o segundo. 

O estudo trimestral tem como principal fonte de informações os microdados trimestrais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua versão trimestral (PNAD-C), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e aborda aspectos da conjuntura e da estrutura do mercado de trabalho do agronegócio brasileiro.

A vez das micro e pequenas empresas

Outra pesquisa que também mostrou a força desses setores do agro foi o levantamento feito pelo Sebrae com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). De acordo com a sondagem, as micro e pequenas empresas (MPE) continuam como principais geradoras de empregos no Brasil. Somente em agosto, as MPE abriram mais de 167,6 mil postos de trabalho, chegando a 72,1% do total de vagas (232.513). 

Os resultados mostram que os pequenos negócios fortalecem, e muito, o desenvolvimento socioeconômico local e nacional, já que no acumulado de 2024, foram responsáveis por mais de 62% do volume de contratações. 

Décio Lima, presidente do Sebrae Nacional, declarou à Agência Sebrae de Notícias, que “72% dos empregos criados em agosto foram originados dos pequenos, daqueles que levantam de manhã e nunca desistem”. Lima ainda pontuou a superação de 2024 em relação aos números de 2023.

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