Empresa anuncia construção de nova usina de bioetanol no Oeste da Bahia
É a segunda bioindústria anunciada que usará grãos produzidos na região como matéria-prima
A Bahia receberá mais um investimento industrial com a construção de uma usina de bioetanol a partir do processamento de milho e sorgo em Santa Rita de Cássia, no Oeste do estado.
O alvará de construção foi assinado pelo prefeito Zezo Aragão no último dia 18 de outubro com representantes do empreendimento.
O Grupo Lida informou que o processo terá um baixo consumo de água contemplando a tecnologia ZLD (Zero Liquid Discharge) e que a bioindústria será autossuficiente em geração de energia elétrica, através da queima de capim, produzido dentro da própria operação.
Além do bioetanol, a usina também produzirá dois coprodutos com alto valor agregado o DDGS – em português, grãos secos de destilaria com solúveis – e o óleo bruto de milho.
O DDGS se destaca como um produto altamente palatável e com alto teor de proteína atingindo excelentes resultados na nutrição animal.
O prefeito, Zezo Aragão, escreveu em seu Instagram que a usina representa grande marco de desenvolvimento para o município.
“O alvará de construção para o início desse grande projeto que vai revolucionar nossa cidade, já está assinado”, comemorou Aragão.
Geração de empregos
De acordo com o Grupo Lida, na fase de construção e implementação, a expectativa é que a empresa movimente indiretamente em torno de 300 vagas de empregos, envolvendo diversas áreas, como construção civil, logística, montagem mecânica, elétrica e automação.
Em fase de operação, a Lida Bioenergia gerará aproximadamente 80 empregos diretos e em torno de 20 indiretos, como prestadores de serviços.
Investimentos em bioenergia
Também na região Oeste, a Inpasa anunciou que vai investir R$ 1,3 bilhão em uma usina em Luís Eduardo Magalhães.
A planta utilizará milho e sorgo como matérias-primas de seus produtos, além de diversas biomassas como fonte de energia na geração de vapor e de bioeletricidade.
Na última segunda-feira (21), a empresa lançou a pedra fundamental da nova unidade do grupo na presença de autoridades municipais e estaduais.
O empreendimento terá capacidade de processamento anual de 1 milhão de toneladas de grãos, prevendo a produção de 460 milhões de litros de etanol, 230 mil toneladas de DDGS, 23 mil toneladas de óleo vegetal e 200 GWh de energia elétrica por ano.
Durante a fase de construção, a unidade deverá gerar cerca de 2.500 postos de trabalho. Após o início das operações, previsto para o primeiro trimestre de 2026, serão originados mais de 450 empregos diretos e 1.500 indiretos.
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