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Fraude milionária na venda de grãos é apurada pela polícia civil

Operação cumpriu 10 mandados de busca e apreensão em residências e empresas de Itapetininga e Pilar do Sul, ambas em São Paulo

Fraude milionária na venda de grãos é apurada pela polícia civil

Operação cumpriu 10 mandados de busca e apreensão em residências e empresas de Itapetininga e Pilar do Sul, ambas em São Paulo

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A Polícia Civil deu continuidade à investigação de uma fraude milionária na venda de grãos, envolvendo um grupo de empresários do agronegócio.

A corporação cumpriu mandados de busca e apreensão em Itapetininga e Pilar do Sul, ambos no interior de São Paulo, nesta terça-feira (17). A informação parte de reportagem do G1.

A operação já está na 4ª fase da operação e, agora, foram descobertas mais vítimas. O prejuízo estimado alcança meio bilhão de reais.

As investigações apuram crimes como lavagem de dinheiro e outros delitos contra a ordem econômica, revelando um núcleo financeiro do grupo composto por quatro empresas ligadas à securitização e comércio de cereais.

Essas empresas seriam responsáveis pela movimentação e ocultação dos ativos provenientes das fraudes.

Denúncias de produtores

grãos - soja
Foto: R.R. Rufino/Embrapa

As investigações da Polícia Civil começaram ainda em 2023, após denúncias de cooperativas, empresas e produtores, alegando prejuízos.

Segundo eles, o grupo estaria comprando grãos acima do normal e repassando-os para terceiros por preços muito abaixo do praticado pelo mercado de commodities agrícolas. Assim, a polícia passou a suspeitar que se tratava de um esquema de pirâmide.

Mandados de busca e apreensão

A quarta fase da operação resultou no cumprimento de 10 mandados de busca e apreensão em cinco residências e cinco empresas, algumas delas ligadas a pessoas que não estão sob investigação direta, mas que poderiam fornecer documentos úteis ao caso.

Durante as buscas, foram apreendidos dispositivos eletrônicos, passaportes, documentos, dinheiro e armas de fogo, que passarão por inspeção. Os investigados são Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs) e teriam permissão para possuir essas armas.

A ação contou com 56 policiais civis de diversas unidades, como a Seccional de Itapetininga, Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), além do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público.

Polícia prendeu empresário

Em uma fase anterior, em julho, um empresário foi preso por obstrução do inquérito, acusado de tentar influenciar as vítimas a alterarem seus depoimentos em troca de pagamento. Na ocasião, a polícia encontrou duas armas na casa do empresário.

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