O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (18) que o comportamento do Banco Central, que define a taxa básica de juros da economia brasileira, é a única “coisa desajustada” que existe no Brasil neste momento.
Críticas ao Banco Central e a Campos Neto
Em entrevista à Rádio CBN, Lula voltou a criticar o presidente da instituição, Roberto Campos Neto. Para o petista, o presidente do BC tem “lado político” e “trabalha para prejudicar o país”.
"Só temos uma coisa desajustada neste país: é o comportamento do Banco Central. Essa é uma coisa desajustada. Presidente que tem lado político, que trabalha para prejudicar o país. Não tem explicação a taxa de juros estar como está".
Lula destacou que a atual taxa de juros é proibitiva para investimentos no setor produtivo, afirmando que a inflação está controlada e que é necessário baixar a taxa de juros para níveis compatíveis com a inflação.
Supostas Pretensões Políticas de Campos Neto
Lula acusou Campos Neto de ter pretensões políticas, mencionando a proximidade do presidente do BC com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e questionando a influência do governador sobre Campos Neto.
“A quem esse rapaz é submetido? Como vai a festa em São Paulo quase assumindo candidatura a cargo no governo de SP? Cadê a economia dele?”, indagou.
Preparação do Orçamento para 2025
Lula também falou sobre a preparação de uma proposta de Orçamento para 2025, que será encaminhada ao Congresso. No entanto, ele não deu detalhes sobre possíveis cortes de gastos ou aumentos de arrecadação.
“Nada é descartável. Eu sou um político muito pragmático. A hora que mostrarem provas que coisas estão erradas, a gente vai mudar”, afirmou Lula quando questionado sobre possíveis medidas de contenção de despesas.
Conclusão
As declarações de Lula à Rádio CBN reforçam suas críticas ao Banco Central e a Roberto Campos Neto, além de trazerem à tona questões sobre a política econômica do país e o futuro da gestão da taxa de juros. A preparação do Orçamento para 2025 será um ponto crucial para o governo, que deverá equilibrar a necessidade de investimentos com a contenção de despesas.