A alta nos preços do arroz, um dos principais alimentos consumidos pelos brasileiros, tem sido uma preocupação crescente desde o ano passado. Após os aumentos em 2020, relacionados à pandemia, houve uma diminuição em 2021, seguida por novos aumentos em 2022. No entanto, os preços permanecem elevados em comparação com anos anteriores. Isso tem gerado inquietação entre os consumidores, que só devem começar a ver uma redução nos preços a partir de abril de 2024.
De acordo com os dados fornecidos pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Agrícola da USP e pelo Instituto Riograndense do Arroz (Cepea/Irga), o preço médio da saca de 50 kg de arroz em casca foi de R$ 95,36 em 2023. Isso representa um aumento significativo em comparação com os R$ 73,46 registrados em 2020 para o mesmo volume. Além disso, em dezembro de 2023, foi alcançado o valor mais alto da série histórica, que remonta a 2005, atingindo R$ 127,36 por saca. Diante dessa realidade, os consumidores enfrentam desafios significativos ao lidar com os impactos nos custos dos alimentos básicos.
Na segunda metade de janeiro deste ano, já se observa uma leve queda nos preços em comparação com dezembro. Contudo, o último dado do Cepea, datado de 29 de janeiro, indica um valor de R$ 122,73 por saca. Para efeito de comparação, esse preço supera o da saca de soja, que está cotada em cerca de R$ 114 nesta semana.
É interessante observar a variação dos preços do arroz ao longo dos anos, já que diferentemente de outros alimentos, sua tendência é contrária. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de janeiro a dezembro de 2023, o preço do arroz registrou um aumento de 24,54% em comparação com o ano anterior. Isso contrasta com a média de preços dos alimentos da cesta básica, que apresentou uma redução de 0,52% no mesmo período.
