Preço do milho subiu 18,5% em 3 meses no Brasil. O que esperar daqui para frente? Cepea responde
Pesquisador contextualiza os motivos da alta e traça panorama para os próximos meses
Os preços do milho continuam subindo no Brasil. O indicador Esalq/B3 se aproxima de R$ 70 reais a saca, viés de alta que não era observado desde janeiro deste ano.
No começo do ano, o cereal era cotado a R$ 65,83. Já em julho, atingiu o menor valor, comercializado a R$ 57,22. Agora, em outubro, está em R$ 67,79, uma alta de 18,5% em apenas três meses:
De acordo com o pesquisador do Cepea, Lucílio Alves, a disponibilidade interna esperada para o milho na atual safra é 12% menor do que em mesmo período do ano passado, o que, parcialmente, explica a alta dos preços.
“Mesmo tendo exportações em níveis menores do que do ano passado, os embarques vão enxugando os estoques domésticos e, consequentemente, dando uma sustentação para as cotações domésticas do milho”, contextualiza.
Segundo o pesquisador, outubro também está sendo marcado por alta dos preços externos, elevação dos prêmios e do câmbio, além de atrasos na semeadura da soja nos principais estados produtores, fatores que ajudam a explicar a valorização do cereal no Brasil.
Com análise que leva em conta os contextos internos e externos, Alves traça um panorama dos preços do grão no Brasil e fala sobre o principal concorrente do Brasil, os Estados Unidos. Tais elementos podem levar à redução dos patamares do milho e ao aumento da soja no ano que vem graças ao possível maior interesse dos produtores norte-americanos pelo plantio do cereal. Entenda no vídeo acima.