O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem sido uma das principais preocupações, com relatos de 24 invasões recentes em 12 estados. O presidente da FPA, Pedro Lupion (PP-PR), expressou uma crítica contundente ao governo federal, acusando-o de conivência com essas ações, dada a presença de membros do MST em cargos governamentais significativos.
“Encontrei pelo menos cinco nomes da alta direção do MST que ocupam cargos importantes no governo. Isso mostra uma conivência clara com as invasões de terras,” afirmou Lupion. Esta situação é agravada pela recente implementação do programa “Terra da Gente” pelo governo, que, segundo Lupion, é uma tentativa de apaziguar os movimentos de invasão, mas que é recebida com desconfiança pelo setor agropecuário.
Além disso, o deputado destacou a urgência de se combater esses crimes para proteger a população do campo e o direito à propriedade no Brasil. Lupion anunciou que na próxima semana serão realizadas mais ações, incluindo uma audiência pública e uma sessão solene para marcar o Dia Nacional da Agricultura.
A discussão também abordou preocupações com o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). Mudanças recentes no programa reduziram a faixa de renda dos produtores elegíveis, excluindo cerca de 40% dos beneficiários anteriormente cobertos. O deputado Pezenti (MDB-SC) destacou como essas alterações podem comprometer a eficácia do Proagro, especialmente prejudicando os pequenos produtores que dependem deste suporte.
O Proagro, que por décadas ofereceu suporte a milhões de pequenos agricultores no Brasil, está agora em uma encruzilhada crítica, com mudanças que necessitam de revisão para garantir a continuidade de seu apoio vital. A FPA continua a mobilizar esforços legislativos para enfrentar esses desafios e garantir a estabilidade e segurança do setor agrícola brasileiro.