Queijo paranaense feito com maracujá recebe prêmio mundial
Produto concorreu com outros 4.784 de 47 países e foi eleito o melhor da América Latina
Um queijo fino autoral produzido no oeste do Paraná alcançou o título de melhor da América Latina e entrou para a lista dos 15 melhores do mundo, ocupando a nona colocação.
O feito foi conquistado no dia 15 de novembro durante o , em Portugal. Entre os 4.784 queijos concorrentes de 47 países, o Passionata, fabricado no Biopark em Toledo, ganhou o super ouro.
O produto é feito com leite de vaca pasteurizado e pasta dura, cuja coalhada é lavada com infusão de maracujá, com sementes na parte superior da casca e flores abaixo.
Outras criações do grupo também foram premiadas: o Láurea conquistou a prata (com outros 693), enquanto o Entardecer d’Oeste ficou com o bronze (juntamente com mais 893).
Projeto de queijos finos
O projeto de queijos finos do Biopark, realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado para agregar valor ao leite de pequenos e médios produtores.
“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação comprova que podemos produzir queijos finos de alta qualidade aqui em Toledo”, destaca Carmen Donaduzzi, uma das fundadoras.
Para o pesquisador Kennidy Bortoli, responsável pelo Laboratório de Queijos Finos do Biopark, os queijos premiados são reconhecidos por suas cores vibrantes, sabores marcantes e inovações no processo produtivo.
“Saber que estamos entre os melhores do mundo e como o melhor da América Latina mostra que estamos no caminho certo”, comemora.
Geração de renda
O projeto beneficia 22 pequenos e médios produtores do oeste paranaense, que fabricam 26 especialidades de queijos finos, com suporte integral do Biopark e instituições parceiras, como Sebrae, IDRPR e Sistema Faep/Senar.
Além de assessoria gratuita, o projeto oferece capacitação técnica para os produtores. Somente em 2024, 98 pessoas participaram dos cursos organizados.
Neste ano, cinco novas especialidades foram introduzidas: Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss. O único custo para os produtores é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário.
A qualidade do leite é analisada no laboratório do Biopark, que sugere tecnologias de fabricação específicas com base nas características do leite. Assim, o produtor escolhe a opção que mais se adequa ao seu perfil para iniciar a produção.
Os queijos premiados, desenvolvidos no Laboratório de Queijos Finos, serão fabricados e comercializados pela Queijaria Flor da Terra, localizada no Biopark.