Soja: chuvas no Brasil e colheita nos EUA são fatores que afetam Chicago
Adiamento da Lei Antidesmatamento na UE também contribui para a pressão das cotações
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira em baixa. De acordo com informações da consultoria Safras & Mercado, a previsão de chuvas nos próximos dias nas regiões produtoras do Brasil, viabilizando o plantio da nova safra, e o avanço da colheita da maior safra dos Estados Unidos pressionaram as cotações.
Completando o cenário negativo para os preços, o mercado ainda absorve a decisão da União Europeia de adiar por pelo menos um ano a entrada em vigor da Lei Antidesmatamento. Na teoria, a lei beneficiaria a demanda daquele continente por produto americano em detrimento da soja e farelo do Brasil e da Argentina.
As exportações líquidas norte-americanas da soja da temporada 2024/25, com início em 1º de setembro, ficaram em 1.443.500 toneladas na semana encerrada em 26 de setembro. A China liderou as importações, com 725.700 toneladas. Para a temporada 2025/2026, as exportações ficaram em 1.000 t. Analistas esperavam exportações entre 1 milhão e 1,6 milhão de toneladas, somando-se às duas temporadas.
Soja em grão
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 10,00 centavos de dólar, ou 0,94%, a US$ 10,46 por bushel. A posição de janeiro teve cotação de US$ 10,64 1/2 por bushel, com perda de 9,75 centavos ou 0,90%.
Nos subprodutos, a posição de dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 7,90 ou 2,32%, a US$ 332,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 44,53 centavos de dólar, com alta de 0,89 centavo ou 2,03%.