Soja: mercado fica estagnado com queda no câmbio e Chicago
Preços internos da oleaginosa enfrentam pressão com retração do produtor
O mercado brasileiro de soja esteve estagnado nesta terça-feira (6), refletindo a queda significativa tanto no câmbio quanto na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). Isso exerceu uma pressão considerável nos preços internos, de acordo com análise da consultoria Safras & Mercado.
Apesar de os prêmios terem atenuado parte dessa baixa durante o dia, não foi o suficiente para evitar a desvalorização das cotações. Segundo a Safras, os produtores estão retendo o restante da soja disponível, ficando distantes das negociações.
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na CBOT fecharam o dia em forte baixa. Após duas sessões de ganhos superiores a 1%, garantidos por fatores técnicos e financeiros, os fatores fundamentais voltaram a comandar o comportamento do mercado.
Boletins indicam condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento das lavouras norte-americanas, gerando expectativa de uma safra cheia. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou que, até 4 de agosto, 68% das lavouras estavam em boas a excelentes condições, 24% em situação regular e 8% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, esses índices eram de 67%, 25% e 8%, respectivamente.
No lado financeiro, o dia foi de recuperação do dólar frente a outras moedas, limitando as exportações agrícolas dos Estados Unidos e ajudando a exercer pressão sobre os contratos.
Contratos de soja
- Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com baixa de 15,75 centavos de dólar, ou 1,5%, a US$ 10,28 1/2 por bushel.
- A posição novembro teve cotação de US$ 10,26 3/4 por bushel, com perda de 14 centavos ou 1,34%.
- Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 5,20 ou 1,56% a US$ 326,60 por tonelada.
- No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 39,96 centavos de dólar, com perda de 0,27 centavo ou 0,67%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 1,4%, sendo negociado a R$ 5,6588 para venda e a R$ 5,6567 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,6309 e a máxima de R$ 5,7130.