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Trump critica tarifas brasileiras e ameaça retaliação: ‘Vamos impor taxas também’

No último mês, Trump já havia ameaçado Brasil e países do Brics com taxas de 100% caso bloco avance na criação de moeda própria. Agora, Trump ameaça e critica tarifas impostas pelo Brasil: “Vamos taxar da mesma forma”.

Trump critica tarifas brasileiras e ameaça retaliação: 'Vamos impor taxas também'

No último mês, Trump já havia ameaçado Brasil e países do Brics com taxas de 100% caso bloco avance na criação de moeda própria. Agora, Trump ameaça e critica tarifas impostas pelo Brasil: “Vamos taxar da mesma forma”.
O novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a adotar um tom duro em relação ao Brasil, prometendo retaliar as tarifas aplicadas pelo país. Durante uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (16/12), em Mar-a-Lago, na Flórida, Trump afirmou que sua gestão aplicará taxas equivalentes às impostas por nações como Brasil e Índia após assumir a Casa Branca em janeiro de 2025.

Trump exige reciprocidade comercial

 “A Índia taxa muito, o Brasil nos taxa muito. Se eles querem nos taxar, tudo bem, mas vamos taxá-los da mesma forma”, declarou o republicano. A fala é um recado direto ao governo brasileiro, ressaltando que a relação comercial entre os dois países precisa ser recíproca.

O Brasil não foi o único alvo de críticas. Trump também mencionou a Índia como outro país que, segundo ele, impõe tarifas elevadas sobre produtos americanos, exigindo uma resposta à altura.

Ameaça anterior ao Brics e o dólar

 Esta não é a primeira vez que Trump usa o Brasil como exemplo em suas críticas comerciais. No mês passado, ele já havia ameaçado o Brasil e os países do Brics caso o bloco avance na criação de uma moeda própria para comércio internacional, afastando o dólar das transações.
“Dólar ou eles enfrentarão tarifas de 100% e deverão dizer adeus às negociações com a maravilhosa economia americana”, escreveu Trump em 30 de novembro, por meio de sua rede Truth Social. Na ocasião, ele exigiu que os países do bloco se comprometam a não criar alternativas ao dólar.
 

Plano econômico agressivo 

Trump vem defendendo políticas protecionistas desde a campanha presidencial. Ele prometeu:
 
Uma tarifa universal de 10% sobre produtos importados.
Taxa específica de 60% para a China.
Tarifas adicionais de 25% sobre produtos vindos de México e Canadá.
 
 Essas medidas, segundo Trump, visam proteger a indústria americana, gerar empregos e combater problemas como imigração ilegal e tráfico de opioides. O Brasil, ao que tudo indica, também entrará na mira dessa política protecionista.

Guerras e conflitos internacionais 

Além das ameaças comerciais, Trump também abordou questões geopolíticas durante a coletiva. Em relação ao conflito na Síria, ele elogiou a Turquia pela sua “força militar significativa”, defendendo um papel central de Ancara para conter militantes do Estado Islâmico. Ele evitou, porém, detalhar o futuro dos 900 soldados americanos que ainda permanecem na região.
Sobre a guerra na Ucrânia, Trump declarou que o presidente Volodymyr Zelenskiy deve estar disposto a negociar com Vladimir Putin para encerrar o conflito. Embora tenha evitado sugerir se a Ucrânia deve ceder território à Rússia, Trump enfatizou a necessidade de “acabar com a guerra” e encontrar uma solução diplomática.
Impacto no Brasil
 As declarações de Trump podem acender um alerta no Brasil, especialmente no setor agroexportador e industrial, que depende das relações comerciais com os Estados Unidos. As ameaças de novas tarifas trazem incertezas econômicas, podendo afetar o fluxo de exportações e aumentar custos para produtos brasileiros no mercado norte-americano.

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