Aproximação entre Brasil e China afeta contratos da soja em Chicago; veja cotações
Além disso, investidores temem que o novo governo Trump prejudique as vendas do grão norte-americano ao país asiático
O mercado brasileiro de soja teve um dia lento em termos de negócios, com poucas indicações. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, os preços ficaram mistos nas principais praças de comercialização do país.
Contudo, a quinta-feira chegou a ter momentos positivos para negócios, porém pontuais. A queda em Chicago pesou sobre os níveis nos portos, ainda que, no geral, o cenário seja de lentidão.
Preços médios da soja no Brasil
- Passo Fundo (RS): caiu de R$ 132 para R$ 131,50
- Região das Missões: baixou de R$ 131 para R$ 130,50
- Porto de Rio Grande: recuou de R$ 141 para R$ 140,50
- Cascavel (PR): estabilizou em R$ 136
- Porto de Paranaguá (PR): se manteve em R$ 142
- Rondonópolis (MT): diminuiu de R$ 150 para R$ 147
- Dourados (MS): caiu de R$ 139 para R$ 137
- Rio Verde (GO): subiu de R$ 131 para R$ 133
Bolsa de Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira no território negativo.
Apesar dos sinais positivos de demanda pelo produto norte-americano, o bom desenvolvimento das lavouras no Brasil e os recentes acordos comerciais fechados entre chineses e brasileiros colocaram pressão sobre as cotações.
Fator Trump
Sergundo a Safras & Mercado, o sentimento em Chicago é que o novo governo Trump tende a prejudicar as vendas de soja dos Estados Unidos à China. Assim, os sinais de aproximação dos asiáticos com o Brasil acirraram essa desconfiança.
O mercado também teme pela demanda interna pela soja. As primeiras sinalizações são de que Trump não vai investir ou incentivar a produção de biocombustíveis, outro fator de pressão.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou mais cedo a venda por parte de exportadores privados de 198 mil toneladas de grão para a China, de 135 mil para destinos não revelados e de 133 mil toneladas de farelo para as Filipinas.
Já as exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2024/25, com início em 1º de setembro, ficaram em 1.860.600 toneladas na semana encerrada em 14 de novembro. Analistas esperavam exportações entre 1 milhão e 1,9 milhão de toneladas.
Contratos futuros da soja
Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com baixa de 12,75 centavos de dólar, ou 1,28%, a US$ 9,77 3/4 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 9,85 1/4 por bushel, com perda de 14,00 centavos, ou 1,40%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 1,70 ou 0,58% a US$ 287,70 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 42,18 centavos de dólar, com baixa de 1,10 centavo ou 2,54%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,60%, sendo negociado a R$ 5,8114 para venda e a R$ 5,8094 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,7827 e a máxima de R$ 5,8339.