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Boi gordo inicia o ano a R$ 320/@, com tendência de alta no curto prazo

A oferta limitada de animais pode levar frigoríficos a aumentar a atividade de compra no curto prazo, o que pode favorecer novos reajustes positivos no preço da arroba do boi gordo, confira.

Boi gordo inicia o ano a R$ 320/@, com tendência de alta no curto prazo

A oferta limitada de animais pode levar frigoríficos a aumentar a atividade de compra no curto prazo, o que pode favorecer novos reajustes positivos no preço da arroba do boi gordo, confira.
O mercado físico do boi gordo iniciou 2025 com preços em alta e liquidez limitada em diversas regiões. O valor de referência atingiu R$ 320/@, enquanto frigoríficos lidam com escalas de abate mais curtas, refletindo uma oferta apertada registrada no final de 2024. 
O boi gordo abriu o ano com um mercado ainda ajustando suas engrenagens, mas com perspectivas de aumento na atividade comercial nas próximas semanas. Para os pecuaristas, 2025 será um ano de adaptação às novas dinâmicas de consumo e exportação.
Segundo Allan Maia, analista da Safras & Mercado, o ritmo de negócios segue lento, mas há perspectiva de melhora ao longo da primeira quinzena de janeiro. A oferta limitada de animais pode levar frigoríficos a aumentar a atividade de compra no curto prazo, o que pode favorecer novos reajustes no preço da arroba. 
O mercado atacadista também começou o ano com preços firmes, mas o consumo tende a migrar de cortes nobres para opções mais acessíveis, considerando o aumento das despesas familiares após o período de festas.
Segundo ele, outro fator a ser acompanhado nas próximas semanas é o atacado. “O preço dos cortes abriu o ano com preços firmes, mas é esperado mudança de perfil do consumo, passando de cortes mais nobres para os mais acessíveis”, considera.

Preços médios da arroba do boi gordo (a prazo) pelas principais praças pecuárias do país 

São Paulo: a arroba do boi gordo comum foi sinalizada entre R$ 310 e R$ 315 e o China posicionada em R$ 320 
Minas Gerais: precificado entre R$ 300 e R$ 310 
Goiás: preço avançou no decorrer do dia, ficando entre R$ 300 e R$ 310
Mato Grosso do Sul: ficou em R$ 315 Mato Grosso: registrou alta no dia. Em Barra dos Garças, foi precificada entre R$ 310 e R$ 315. Na região de Mirassol d’Oeste foi indicada em R$ 305

Desafios regionais 

Minas Gerais: O mercado apresentou baixa liquidez e escalas de abate em média para sete dias. 
Sudeste de Rondônia: As negociações ficaram estáveis, com frigoríficos e pecuaristas avaliando o cenário antes de retomar os negócios em ritmo normal.

Avanço de preços no atacado 

O mercado atacadista registrou ligeiros aumentos nos preços dos cortes. O quarto dianteiro subiu para R$ 20,30/kg, o quarto traseiro para R$ 26,70/kg e a ponta de agulha para R$ 19,40/kg, cada um com alta de dez centavos. Esse movimento reflete a boa reposição entre atacado e varejo após as festas de fim de ano, mas é esperado que os ajustes percam força nas próximas semanas.
 

Dólar e custos de produção 

No câmbio, o dólar comercial encerrou o dia com queda de 0,27%, cotado a R$ 6,1627 para venda. A alta da moeda norte-americana ao final de 2024 ainda deve impactar os custos de produção nos primeiros meses deste ano, representando um desafio adicional para os pecuaristas.

Perspectivas para 2025 no mercado do boi gordo

2025 deve ser um ano de continuidade dos investimentos da pecuária brasileira, mas os crescimentos das ofertas de animais para abate e da carne e também da demanda devem ser menores que os registrados em 2024. 

As projeções para a economia brasileira sinalizam que o poder de compra do consumidor estará mais apertado que em 2024 e, no front externo, a taxa de avanço do volume exportado também pode ser menor, mesmo com a potencial abertura de novos mercados. É possível que a influência do câmbio seja ainda maior sobre os custos de produção do setor.  
Nestes primeiros meses do ano, a disparada do dólar no final de 2024 deve influenciar os custos. Com isso, a população tende a ter orçamento apertado e a optar por carnes mais baratas. No cenário internacional, os chineses continuarão comprando muita carne do Brasil.
Depois da China, os Estados Unidos, Emirados Árabes e Chile são os demandantes mais importantes da carne bovina brasileira. É possível que as compras norte-americanas ainda se mantenham elevadas, tendo em vista que a recuperação do rebanho interno ainda está em curso. 
Para o Oriente Médio, a perspectiva é que a taxa de crescimento aumente e, para o Chile, também pode haver expansão. Enquanto isso, nas propriedades pecuárias, a produção deve seguir firme, mas possivelmente avançando menos que em 2024. Dados do IBGE até setembro mostravam aumento de 19% do número de animais abatidos.

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