Flor de abobrinha conquista restaurantes da alta gastronomia
Popular da culinária italiana, ela faz bem para a saúde e é rica em nutrientes, como proteína, fibra, ferro e cálcio
Aproveitar as folhas de plantas ou frutas é uma prática comum nos lares e restaurantes mundo afora. Desta maneira, um ingrediente pouco conhecido na culinária brasileira, mas de grande produção nos campos, a flor de abobrinha, tem ganhado espaço na alta gastronomia, compondo pratos de renomados restaurantes da capital paulista.
Mas o personagem principal desse caminho de sucesso das flores de abobrinha produzidas pelo agro paulista, são os chefes de cozinha, que comemoraram no último domingo (20), o Dia Internacional desses profissionais.
Em São Paulo, um restaurante italiano, localizado no Jardins, área nobre da capital paulista, serve a iguaria desde 2021. “O prato é composto pela flor de abobrinha, que tem um sabor adocicado, complementado com muçarela e anchova do mar cantábrico. É uma receita romana que tem feito sucesso”, ressalta Franco Maria Sala, chefe de cozinha e proprietário.
Atento a esse mercado, o engenheiro agrônomo e produtor rural, Marlon Wesley, de Mogi das Cruzes, há pelo menos cinco anos abastece restaurantes da capital paulista, entre eles, o de Franco, e tem sido seu carro chefe dentro da sua produção.
“Somos o primeiro produtor de flores comestíveis da América Latina. Começamos a desenvolvê-las no intuito de serem usadas na finalização das sobremesas, mas ganhamos um nicho de mercado muito maior que esperávamos, ganhando até os paladares mais refinados”, comemora o produtor.
Da espécie Cucurbita pepo, a flor comestível faz bem para a saúde, ela é rica em nutrientes, como proteína, fibra, ferro e cálcio. Popular da culinária italiana, no Brasil a iguaria é classificada como Panc (Planta alimentícia não convencional).
Recheada ou laminada, a flor, apesar do toque adocicado, é uma ótima opção para pratos como pizza, lasanha, risoto, macarrão, ou na forma popularmente conhecida na Itália, assada e recheada com queijo.
Além de difundir, nos grandes centros urbanos, as iguarias produzidas na zona rural, os chefes são agentes de mudanças, pois exigem produtos agrícolas diferenciados e de alta qualidade. Muitos restaurantes estabelecem parcerias com agricultores locais, como o chefe Franco e o produtor Marlon. Assim, a gastronomia é responsável não só por fortalecer a economia local, mas também criar uma rede de apoio que beneficia ambos os lados.