Governo de SP incentiva o cultivo de café canéfora
Variedade representa cerca de 40% da produção mundial, sendo o Vietnã, Brasil, Indonésia, Índia e Uganda os maiores produtores
O governo de São Paulo lançou nessa quinta-feira (31) o Programa Estadual de Incentivo ao Cultivo de Coffea Canephora.
A iniciativa, que pretende revitalizar a cafeicultura na região centro-oeste, oeste e noroeste do estado, “oferece alternativas para produtores rurais e amplia a competitividade do setor”, disse a Secretaria de Agricultura em nota.
São Paulo é um dos principais estados produtores do café arábica. O programa tem como meta aumentar a produção estadual, incentivando o cultivo de canéfora (robusta ou conilon), um tipo diferente de grão, para atender à crescente demanda do mercado doméstico e internacional, fomentando a inovação, sustentabilidade ambiental e econômica da cafeicultura.
Maiores produtores de café canéfora
O canéfora representa cerca de 40% da produção mundial de café, conforme a Secretaria. Os maiores produtores são Vietnã, seguido de países como Brasil, Indonésia, Índia e Uganda.
A medida é uma parceria da Secretaria de Agricultura e Abastecimento com a Câmara Setorial do Café, com a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) e a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), além do apoio do setor privado especialmente aqueles colegiados na Câmara Setorial do Café.
Salários dos pesquisadores
Na ocasião, a Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) reivindicou valorização da pesquisa pública em carta aberta à Secretaria de Agricultura e Abastecimento. O documento foi entregue ao secretário Guilherme Piai.
O estado de São Paulo tem, atualmente, 16 Institutos Públicos de Pesquisa nas áreas de Agricultura, Saúde e Meio Ambiente. Apesar de ser o estado mais rico da nação, paga os piores salários para pesquisadores, segundo a APqC.
“Vivenciamos uma diferença salarial gritante com carreiras similares federais como a Embrapa e a Fiocruz, além de termos tido uma perda salarial de 54,19% nos últimos 11 anos. Ainda, dentro da carreira, existem pesquisadores (16%) que obtiveram êxito judicial e recebem o dobro salarial de um pesquisador que não obteve a mesma decisão, apesar de desenvolverem as mesmas funções”, diz a carta.