Grande empresa do setor de grãos pode cortar até 700 empregos globalmente em 2025
Trading norte-americana de grãos ADM busca reduzir custos ao se preparar para mais um ano de piora nos resultados; em 2024, lucro caiu quase 50%
Durante o evento, o Shop do Agro oferecerá ofertas especiais para seus parceiros e apresentará soluções inovadoras que reforçam seu compromisso com o desenvolvimento do agronegócio. O CEO do Shop do Agro, Ciro Thiago, destacou a importância de participar de um evento desse porte, ressaltando que é uma oportunidade única para fortalecer parcerias e apresentar ao público as inovações que estão transformando o setor.
A feira também conta com uma série de atividades, como palestras, shows e uma etapa do Rodeio Professional Bull Riders (PBR), garantindo entretenimento para toda a família, além de ser uma grande vitrine para o melhoramento genético e as tecnologias do agronegócio.
A Archer-Daniels-Midland (ADM) deve realizar demissões como parte de um esforço global para reduzir custos. A informação é da Agência Reuters. Segundo algumas fontes a quantidade pode girar em torno de 600 e 700 pessoas em todo o mundo, ideia é reduzir custos e conseguir lidar com o momento de fracos resultados e aumento das incertezas na política comercial e no mercado de biocombustíveis.
A gigante de comercialização de grãos está com dificuldades com a desvalorização dos grãos, que elevou os estoques globais a níveis recordes e reduziu as margens de lucro das grandes empresas do setor. O modelo de negócios da companhia, baseado no armazenamento, processamento e comercialização de commodities agrícolas, sofreu impacto direto com esse cenário.
A medida, anunciada nesta semana junto com o balanço do quarto trimestre, busca uma economia entre US$ 500 milhões e US$ 750 milhões entre três e cinco anos. Neste ano, que deve ser marcado por uma queda nos lucros da ADM pelo terceiro ano consecutivo, o corte de custos deve ficar entre US$ 200 milhões e US$ 300 milhões.
A empresa já havia indicado que buscava reduzir despesas diante da pressão sobre seus resultados financeiros. Em comunicados anteriores, alertou que o atual ciclo desafiador de preços de commodities deve persistir até 2025.
Fontes consultadas pela Reuters indicam que as demissões afetarão principalmente áreas operacionais, incluindo fábricas, portos e armazéns nos Estados Unidos. No entanto, cortes também ocorrerão em outros países e departamentos da companhia.
Saúde financeira da ADM
Em 2024, o lucro líquido ajustado da gigante norte-americana despencou 47%, para US$ 2,3 bilhões, informou a companhia nesta terça-feira. O resultado foi influenciado principalmente pelo negócio de serviços agrícolas e oleaginosas, que amargou uma queda de 40% no lucro operacional.
O ritmo mais lento das vendas dos agricultores e custos logísticos mais altos, relacionados a prejuízos relacionados a compromissos de take-or-pay, afetaram negativamente o negócio de originação na América do Sul, segundo a empresa.
Na operação de processamento, o lucro caiu 35%, com as margens afetadas pela maior oferta da América do Sul e condições estáveis de oferta e demanda.
Já a divisão de nutrição lucrou depois de um prejuízo no ano passado, enquanto a divisão de carboidratos (que inclui produtos como etanol) teve um desempenho praticamente estável.
A ADM espera uma queda no lucro de 8% neste ano, considerando o ponto médio do intervalo de US$ 4 a US$ 4,75 informado no guidance nesta terça-feira. Os resultados da unidade de serviços agrícolas devem ficar estáveis ou cair em relação a 2024 com queda nas margens de processamento.
Diante do ambiente de negócios mais desafiador, a ADM vai buscar uma simplificação de seus negócios este ano, sendo mais seletiva nos investimentos, informou o CEO Juan Luciano ao site de notícias The Agribiz.
