Negócios com EUA bate recorde, mas balança comercial favorece americanos
No primeiro trimestre deste ano, transações entre os dois países alcançou os US$ 20 bilhões com saldo positivo para os EUA
A balança comercial entre Brasil e Estados Unidos bateu recorde no primeiro trimestre de 2025, com a corrente de comércio atingindo 20 bilhões de dólares, alta de 6,6% em relação ao mesmo período de 2024. Apesar do avanço, o Brasil registrou déficit de 654 milhões de dólares – compramos mais dos EUA do que vendemos. Os dados foram divulgados pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil.
Nos primeiros três meses de 2025, o Brasil exportou para os Estados Unidos um total de US$ 9,65 bilhões. Já as nossas importações somaram US$10,3 bilhões. O destaque ficou para o crescimento das exportações industriais brasileiras, especialmente sucos, com aumento de 74,4%, óleos combustíveis, com 42,1%, e café não torrado, com 34%.
A carne bovina passou a figurar entre os dez produtos mais exportados para os EUA, com alta expressiva de 111,8 %. Os números são referentes ao primeiro trimestre do ano, portanto ainda não refletem os efeitos das tarifas dos americanos contra o Brasil.
Brasil importa produtos dos EUA com foco em energia e tecnologia
A pauta de importação do Brasil foi dominada por bens manufaturados (89,2%), com destaque para máquinas, medicamentos, petróleo e equipamentos de processamento de dados.
As compras de petróleo bruto aumentaram 78,3%, revertendo a tendência de queda anterior e impulsionando o setor energético. Já as importações de gás natural recuaram, refletindo a menor demanda no início do ano.