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O alimento mais perigoso do mundo faz parte do dia a dia dos brasileiros

Quando bem preparado, o alimento mais mortal do mundo é inofensivo, acessível, delicioso e nutritivo. Ele inclusive está amplamente difundido na culinária brasileira sendo conhecido como os populares aipim, macaxeira ou mandioca.

O alimento mais perigoso do mundo faz parte do dia a dia dos brasileiros

Quando bem preparado, o alimento mais mortal do mundo é inofensivo, acessível, delicioso e nutritivo. Ele inclusive está amplamente difundido na culinária brasileira sendo conhecido como os populares aipim, macaxeira ou mandioca.

Contudo, uma espécie específica desta raiz foi apontadas pela publicação Lives Sicence como responsável por mais de 200 mortes a cada ano, tornando-se a comida mais letal do planeta.

Isso porque a mandioca brava, similar à inofensiva mandioca doce, pode ter concentrações de substâncias tóxicas capazes de matar uma pessoa adulta em menos de 3 horas. Mas não cabe pânico ou preocupação, apenas informação.

A mandioca carrega em suas raízes, cascas e folhas substâncias que produzem ácido cianídrico — um composto tóxico capaz de causar as intoxicações.

Enquanto a mandioca doce produz níveis mais baixos de cianeto (cerca de 20 mg por quilo), a mandioca brava pode chegar a concentrações 50 vezes maiores. Nesse caso, comer sem o devido preparo que elimina o veneno pode, sim, fazer muito mal e até levar a morte.

A diferença entre elas está na adaptação da planta. As variedades de mandioca brava mais amargas são resistentes a pragas, ideais para cultivos em solos pobres, mas exigem preparo cuidadoso antes do consumo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 200 mortes por ano estão ligadas ao consumo inadequado da mandioca. Além do risco fatal, a ingestão de cianeto em doses não-letais está associada a problemas neurológicos, como a ataxia, que afeta a coordenação motora.

O risco de comer mandioca brava sem os devidos cuidados não é exclusividade dos brasileiros. O “alimento mais mortal do mundo” é consumido por 500 milhões de pessoas na América do Sul, África e Ásia.

O risco aumenta em períodos de escassez de alimentos, quando populações vulneráveis recorrem à variedade brava por ser mais acessível.

Em 2017, durante a crise econômica na Venezuela, o jornal El País relatou casos de mortes de famílias que consumiram a raiz sem o processamento adequado para combater a fome.

Como eliminar qualquer risco?

Os cuidados necessários para eliminar qualquer risco com o consumo de mandioca brava são bastante simples, mas exigem um pouco de paciência.

Para eliminar o risco de intoxicação, siga estas etapas essenciais:

1- Escolha da Mandioca

  • Prefira mandioca doce (também chamada mansa) para consumo direto, pois tem baixos teores de substâncias tóxicas.
  • A mandioca brava é identificada por um sabor mais amargo e deve sempre passar por um processo de eliminação do cianeto antes do consumo.
 

2- Cozimento Prolongado

  • Ferver bem: A mandioca deve ser cozida por pelo menos 30 minutos em água abundante, pois o calor ajuda a reduzir a toxicidade.
  • Trocar a água: Se possível, descarte a primeira água do cozimento e continue fervendo em água limpa.
 

3-  Secagem e Fermentação (Para Produção de Farinha e Derivados)

  • Deixar a raiz exposta ao sol por alguns dias reduz os compostos tóxicos.
  • Ralar e fermentar por 24 a 48 horas antes da torrefação também ajuda a eliminar o cianeto.
  • Torrar bem a farinha para remover traços finais da toxina.
 

4-  Manuseio Correto

  • Nunca consumir mandioca crua ou mal cozida.
  • Não usar a água do cozimento para outros preparos.
  • Evitar o consumo excessivo de produtos artesanais não processados corretamente
 

5-  Uso de Variedades Seguras

  • Agricultores e produtores devem optar por cultivares com baixo teor de cianeto, recomendadas por órgãos de pesquisa agrícola, como a Embrapa.
 
Importância da mandioca

Nativa da América do Sul e hoje cultivada em regiões tropicais do mundo inteiro, essa raiz é a terceira maior fonte de carboidratos nos países em desenvolvimento sendo consumida rotineiramente por mais de 800 milhões de pessoas ao redor do globo.

Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), a produção mundial ultrapassa 300 milhões de toneladas anuais e consumo concentrado da África à Ásia e às Américas.

Os maiores produtores são Nigeria, Tailândia (líder em exportação de fécula), Indonésia, China (maior importador de derivados) e Brasil.

No caso do Brasil, a produção anual é superior a 18 milhões de toneladas, segundo a Embrapa. O cultivo ocorre em todas as regiões do país, com destaque para Pará, Bahia, Maranhão e Paraná.

Quais são os alimentos mais perigosos do mundo?

  1. 1- Mandioca: mais de 200 mortes;
  2. 2- Amendoim: Entre 150 e 200 mortes;
  3. 3- Cogumelo “Chapéu da Morte” (Amanita phalloides): Ao menos 100 mortes;
  4. 4- Peixe Baiacu (Fugu): cerca 100 mortes anuais, embora o número varie;
  5. 5- Ostras e outros moluscos crus: não há números oficiais.

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