Produtores gaúchos declaram ‘dia de luto’ em protesto durante visita de Lula ao RS
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Na última sexta-feira (16), os produtores rurais do Rio Grande do Sul declararam o “” pela atividade agropecuária, marcando a visita do presidente Lula ao estado com manifestações em diversas cidades. Em apoio ao movimento, o comércio em várias localidades fechou suas portas. As mobilizações incluíram protestos com máquinas agrícolas, caminhões e acampamentos em regiões estratégicas.
Apesar das discussões e anúncios recentes em Brasília, os produtores seguem reivindicando medidas mais efetivas de socorro, especialmente no que diz respeito à renegociação das dívidas. Um grupo de manifestantes aguardou a presença do presidente em São Leopoldo, na tentativa de relatar pessoalmente as dificuldades enfrentadas no campo. Outras manifestações ocorreram em São Lourenço do Sul, na região sul do estado, Pantano Grande, na região central, e em várias áreas do norte do Rio Grande do Sul.
As dívidas foram prorrogadas até 16 de setembro, mas, segundo os líderes do movimento, o prazo não é suficiente, já que muitos produtores não terão recursos para quitá-las. A situação se agrava com a necessidade urgente de adquirir insumos e planejar a próxima safra de verão, levando alguns agricultores a considerar o abandono da atividade.
“A nossa situação já estava difícil antes da enchente, e agora piorou. Se as coisas não mudarem, muitos de nós vamos ter que abandonar nossas propriedades até o final do ano,” lamentou Hélio de Freitas, produtor rural de Selbach, Rio Grande do Sul.
A líder do movimento SOS Agro RS, Graziele de Camargo, destacou que as dificuldades continuam a crescer, agravando ainda mais as dívidas dos produtores. Ela reforçou a necessidade de ações mais concretas e urgentes por parte do governo federal.