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Boi gordo a R$ 360/@ com “cabo de guerra” entre pecuarista e frigoríficos; Quem ganha?

Enquanto as indústrias frigoríficas tentam pressionar os preços, os pecuaristas resistem à ideia de aceitar valores mais baixos, criando um cenário de negociações travadas e volatilidade no mercado do boi gordo.

Boi gordo a R$ 360/@ com “cabo de guerra” entre pecuarista e frigoríficos; Quem ganha?

Enquanto as indústrias frigoríficas tentam pressionar os preços, os pecuaristas resistem à ideia de aceitar valores mais baixos, criando um cenário de negociações travadas e volatilidade no mercado do boi gordo.
O cabo de guerra entre pecuaristas e frigoríficos tem gerado tensões no mercado do boi gordo, resultando em movimentações estratégicas e incertezas sobre os rumos da arroba. Enquanto as indústrias frigoríficas tentam pressionar os preços, os pecuaristas resistem à ideia de aceitar valores mais baixos, criando um cenário de negociações travadas e volatilidade.
 Segundo a Agrifatto, considerando uma “análise técnica clássica”, a confluência entre aumento do volume negociado (na B3) e queda nos preços (dos contratos futuros), “pode indicar uma reversão do movimento altista”.
 
Cenário atual e comportamento dos frigoríficos
 De acordo com análises da consultoria Safras & Mercado, o mercado físico do boi gordo começou a semana com negociações limitadas. Muitos frigoríficos estão fora das compras, enquanto os que seguem operando tentam reduzir os valores pagos aos pecuaristas.
 Fernando Henrique Iglesias, analista da Safras & Mercado, afirma que o comportamento dos frigoríficos pode determinar os próximos passos:
Além disso, diversas indústrias já anunciaram férias coletivas, medida que pode pressionar ainda mais o mercado nos próximos dias.
 

Preços médios da arroba do boi gordo pelas principais praças pecuárias do país

São Paulo: R$ 360,00/@
 Goiás:R$ 353,00/@
 Minas Gerais: R$ 334,00/@
 Mato Grosso do Sul: R$ 342,00/@
 Mato Grosso: R$ 332,00/@
 

Indicador CEPEA/B3 e variações recentes

 Segundo o CEPEA, o indicador do boi gordo registrou alta de 10,5% em novembro, encerrando o mês com a média de R$ 352/@. No entanto, nesta segunda-feira (2), o preço médio foi de R$ 351,80/@, marcando uma leve retração diária de -0,04%. Em dólar, a arroba ficou cotada a US$ 57,98. 
 

Confira a evolução do indicador nos últimos dias:

02/12/2024: R$ 351,80/@ (-0,04%) 
29/11/2024: R$ 351,95/@ (-0,04%)
 28/11/2024: R$ 352,10/@ (-0,16%) 
27/11/2024: R$ 352,65/@ (+0,18%)
 

 Impacto no mercado futuro

 Os preços futuros do boi gordo também sofreram forte pressão vendedora, atingindo limites de baixa na B3. O contrato de dezembro/24, por exemplo, caiu para R$ 319,80/@, menor patamar desde o final de outubro, segundo a Agrifatto. Esse movimento sinaliza um mercado descrente na manutenção dos preços atuais no primeiro semestre de 2025. 
 

 As variações semanais nos contratos futuros foram expressivas:

Dezembro/24: -14,94%
Janeiro/25: -15,95%
 Fevereiro/25: -15,57%
 Apesar disso, a sexta-feira (29/11) apresentou uma leve recuperação, com o contrato de março/25 valorizando 1,75%, cotado a R$ 307,20/@.
 
Reflexos no mercado físico
 Enquanto o mercado futuro sofre desvalorização, o preço nominal médio do boi gordo em São Paulo permanece em R$ 355/@, com o “boi-China” sustentando a demanda. Nas demais regiões monitoradas, a média ficou em R$ 320,90/@.
No entanto, o aumento do custo da carne no atacado tem gerado dificuldades para repasses. Pesquisadores do CEPEA destacam que a alta acumulada na carcaça bovina foi de 9,2% em novembro, alcançando R$ 23,92/kg na última apuração.

 Quem ganha a disputa no mercado do boi gordo?

 O mercado do boi gordo vive um momento crítico, com pecuaristas e frigoríficos em uma disputa que impacta tanto os preços atuais quanto as perspectivas futuras. Enquanto a oferta segue limitada, o comportamento dos agentes da cadeia determinará se o preço da arroba se mantém estável ou enfrenta novas quedas.
Quem ganha essa queda de braço? O desfecho dependerá da força dos pecuaristas em sustentar os valores atuais diante da pressão das indústrias. Por ora, o cenário segue marcado por incertezas e volatilidade.

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